Como um dos mais importantes artistas da música popular brasileira, Djavan coleciona, desde os anos 80, momento de virada em sua carreira, participações em suas produções.

Além das parcerias simbolizarem prestígio, elas conquistam o público e a crítica.
Confira os cinco feats mais marcantes da carreira de Djavan:
1 - Samurai (feat. Stevie Wonder)
Samurai integra o álbum "Luz" (1982), de Djavan, e conta com a participação de Stevie Wonder. Wonder era amigo de Ronnie Foster, produtor do álbum e uma lenda do soul e do jazz. Durante as gravações nos Estados Unidos, a canção foi alongada para que Stevie participasse melodicamente, tocando gaita em determinados intervalos da música, como uma resposta aos versos de Djavan. Assim, voz e gaita se estabelecem em sequência, criando um cenário parecido com um duelo, nesse caso, de espadas, já que esse é o instrumento que com frequência acompanha um samurai. Interpretando a canção, essa fluência instrumental - vocal simboliza um jogo de conquistas, que é encerrado com os versos: Eu quis lutar contra o poder do amor / Caí nos pés do vencedor / Para ser o serviçal de um samurai” A participação de Wonder foi uma espécie de boas vindas ao circuito da música pop mundial vivido por Djavan.
2 - Uma Brasileira - Paralamas do Sucesso, Djavan
A música é uma composição de Carlinhos Brown e Hebert Viana, guitarrista e vocalista do Paralamas do Sucesso, e faz parte do álbum Vamo Batê Lata (1995). Escutando acordes soltos de Brown, Viana encaixava palavras com sonoridades parecidas, e assim a música foi composta, como uma brincadeira entres os artistas. Contando com os vocais de Djavan, a música teve, nas palavras de Viana, um “dream team” (time dos sonhos), e se tornou uma das mais conhecidas da banda no cenário internacional.
3 - Final Feliz - Jorge Vercilio, Djavan
A música faz parte do álbum "Leve" (2000), de Jorge Vercilio, e foi a canção que o projetou em cenário nacional, especialmente por contar com a participação vocal de Djavan. Inicialmente, a música foi escrita por Vercilio para que a cantora Renata Arruda a cantasse. Porém, como o álbum da artista que abrigaria a canção já estava gravado, Jorge Vercilio optou por interpreta-la com Djavan. A composição aborda a liberdade de assumirmos quem somos em uma relação, e a semelhança nos vocais dos cantores cria um timbre inconfundível para a canção, que é uma agradável mistura de jazz e MPB.
4 - Milagreiro (feat. Cássia Eller)
Milagreiro é a canção-titulo do álbum lançado em 2001. Na música, a percussão, que em quase toda a duração da canção se assemelha a um flamenco desacelerado, é marcada por violão e chocalho, e em conjunto com os vocais de Cássia Eller e Djavan, que alternam entre si entre agudo e grave, criam um cenário saudosista e incerto para desenvolver a narrativa da paixão de um santeiro. Junto a isso, o piano, introduzido na frase “ele aluou”, causa uma espécie de dor e dó no ouvinte perante a história do personagem. Assim, evocando os sentimentos dos fãs, o dueto se eterniza nos ouvidos e na memória.
5 - Beleza Destruída - Milton Nascimento, Djavan
Inclusa no álbum D (2022), Beleza Destruída une duas consagradas vozes nacionais, Djavan e Milton Nascimento. A canção foi composta por Djavan, que buscou um tema comum aos dois artistas para compartilhar a interpretação especialmente com Milton. A música nos alerta que a ganância está impedindo a preservação da natureza, e com isso, a essência humana como participantes do planeta está minguando. Com efeitos sonoros que remetem à natureza e um tom suave, se encaixando como uma luva na atual capacidade vocal de Bituca, que pediu para gravar o dueto segurando a mão de Djavan, o dueto celebra uma admirável e respeitosa parceria.