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Entrevista: Mateus Beurlen apresenta álbum de estreia com sonoridade folk e pop

2023 foi um ano cheio de ótimas surpresas em relação ao mundo da música. Artistas consagrados tiveram ótimos lançamentos e novas vozes surgiram. Uma das novidades é o artista Mateus Beurlen, que lançou recentemente seu álbum de estreia, “Sunflower”, com canções autorais cantadas em inglês.



O artista segue a linha melódica de canções folk, misturadas com aspectos pop e tendo como principal referência, Paul McCartney e os Beatles.


Apesar de seus 21 anos, Beurlen domina as cordas vocais com um timbre grave e aveludado, revelando-se um crooner de impressionante profundidade. Suas letras, mergulhadas no drama existencial, oferecem reflexões sobre as complexidades das relações humanas e a perda da inocência em tempos distópicos.

A estreia de "Sunflower" é carimbada pela LAB 344, que reconheceu o potencial do músico alagoano por meio de três singles e dois videoclipes, dirigidos por Henrique Muniz (MODU).


O artista cedeu entrevista ao Blog Música Boa e falou sobre sua carreira:

 

Blog Música Boa

Mateus, você inicia sua carreira com um álbum totalmente em inglês e com composições suas. Como é que você iniciou sua trajetória? Você já compôs ou cantou em português?


Mateus Beurlen

Eu comecei ainda muito novo escrevendo musiquinhas para minha família em português. Algumas para minha mãe, meu pai e fazendo essas brincadeirinhas. Mas eu sempre fui muito feliz em querer aprender línguas novas. E eu fui atrás de aprender o inglês e me apaixonei. Percebi que eu tinha uma facilidade para escrever em inglês, porque eu ouvia muitas músicas nesta língua. Sempre ouvi muito Beatles e muita música gringa durante a minha infância.


Blog Música Boa

Como é o seu processo de composição? Todas as ideias surgem em inglês?


Mateus Beurlen

Eu componho diretamente em inglês. Como sou fluente e formado na língua, eu acho muito mais fácil de organizar minhas ideias. Até mesmo pela fonética mais agradável que o inglês proporciona.


Blog Música Boa

Você começou a fazer esse álbum de uma forma independente, e agora você tá com a LAB 344. Como surgiu a oportunidade?

 

Mateus Beurlen

Esse contato começou através do meu produtor musical, o Dinho Zampier. Ele falou que apresentou minhas músicas para a LAB e acabou dando certo mesmo. É uma oportunidade bem legal.


Blog Música Boa

Alagoas é um estado com muita gente talentosa e com muita cultura. Como é o cenário independente por aí? Quais as dificuldades que você sente?


Mateus Beurlen

O mercado pra artes independentes aqui, no geral, ainda é um pouco fraco. Eu sinto que que a população alagoana, ela cai na mesmice, sabe? Não busca músicas e artistas novos. Apesar disso, é o estado que elevou artistas gigantescos como o Djavan, por exemplo, que é conhecido internacionalmente. Mas falta, eu acho, um pouco de movimentação da própria população alagoana mesmo, de buscar artistas e novas sonoridades.

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