Fantástico expõe bandas de black metal ligadas a grupos neonazistas
- Redação do Música Boa
- 27 de jan.
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Uma reportagem do Fantástico exibida na noite deste domingo (26), revelou um relatório da organização não governamental 'Stop Hate Brasil' que demonstra um crescimento no número de bandas de black metal criadas para atacar negros, a comunidade LGBTQIAP+ e judeus.
Segundo o levantamento, são 125 bandas, a maioria delas de São Paulo (45) e outras 48 sem estados identificados. Juntas, elas lançaram mais de 650 álbuns, disponíveis em plataformas de streaming convencionais.
Muitos dos integrantes destes grupos, participam de um canal no Telegram chamado 'Terrorgram', que reune supremacistas brancos em busca de jovens que estejam dispostos a cometerem atos de violência. O brasileiro Ciro Daniel Amorim Ferreira é um dos adminstradores.
O black metal é uma das vertentes do heavy metal e não tem ligação histórica com grupos neonazistas. O gênero surgiu na Noruega na década de 1980 e tem como características, temas anticristãos, satanistas e paganistas. Wlisses James, doutor em História e entusiasta do heavy metal, foi ouvido pela reportagem e deixou claro que esses grupos fazem festivais restritos a eles mesmos e não são bem-vindos em nenhum outro tipo de evento musical. Em nota à reportagem veiculada pela TV Globo, o Spotify afirmou que as regras da plataforma não permitem conteúdos que promovam ou apoiem o terrorismo ou extremismo violento, e que várias músicas foram removidas após o contato da produção do Fantástico.
Já o Telegram disse que somente no final de 2024, removeu mais de 25 milhões de conteúdos extremistas.
